“Presepada”, foi assim que o governador Mauro Mendes (União) definiu o projeto que visa fixar em R$ 1 a tarifa do Ônibus de Transporte Rápido (BRT). Para o gestor, a proposta, apresentado pelo deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Cuiabá Lúdio Cabral (PT), é totalmente inviável, especialmente pelo valor atual do combustível.
“Presepada. Se a gasolina for R$ 1 e o óleo diesel for R$ 1, nós vamos ter BRT a R$ 1”, disparou o governador nesta quarta-feira (17).
O parlamentar petista apresentou a propositura a cerca de duas semanas e gerou a maior polêmica no plenário da Assembleia Legislativa. A matéria, inclusive, foi alvo de intensa discussão entre ele e o presidente da Casa de Leis Eduardo Botelho, que também pretende disputar o comando do Alencastro no pleito deste ano.
“Desentendimentos são normais e eles não podem ser capazes de desestabilizar a imagem nem de um e nem de outro”, comentou Mendes sobre a briga entre os adversários.
O parlamentar apresentou um projeto de lei no qual propõe que a tarifa do BRT seja subsidiada pelo governo do Estado, porém, com um cálculo no qual atende apenas uma das três linhas que funcionarão em Cuiabá.
Esta foi a primeira vez que o governador comentou o assunto, pois estava de férias e retornou nessa terça-feira (16). Mauro voltou a garantir que fará licitação para o novo modal e reforçou que o aditivo divulgado foi feito sem seu conhecimento.
“Tomei conhecimento daquele contrato, que não é assinado pelo governador e existem, talvez centenas, milhares de decisões e alçadas que não são do governador. Eu não tinha conhecimento daquilo. Quando soube, pedi imediatamente, já nos posicionamos formalmente sobre isso, para que fosse anulado aquele contrato”.(Leia Agora/Luíza Vieira – Foto: Reprodução)