Possível candidato à reeleição em 2026, o senador Jayme Campos (União) não crê na candidatura do vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), a uma das duas cadeiras ao Senado que estarão em disputa por Mato Grosso.
Na avaliação no cacique mato-grossense, é preciso ter serviços prestados à população do estado.
“É uma coisa que não acredito, pois é preciso ter algum serviço prestado ao estado. Aqui em Mato Grosso tem mulheres e homens com capacidade suficiente para representar o povo mato-grossense no Senado”, afirmou.
“Se for um desejo dele, não tem impedimento, desde que transfira o título eleitoral e more em Mato Grosso. Mato Grosso tem gente com capacidade, está sobrando gente. Tem mais candidato do que eleitor”, ironizou.
Jayme, que caminha para o fim do mandato, deve enfrentar um cenário difícil caso decida buscar a reeleição. Filiado ao União Brasil, terá que resolver, antes de tudo, uma equação interna, já que o governador Mauro Mendes, do mesmo partido, tende a buscar uma das vagas em disputa – e dificilmente a sigla irá conseguir emplacar dois nomes em uma coligação.
A eventual candidatura do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi divulgada pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. Segundo ela, caso não seja por Mato Grosso, o vereador do Rio de Janeiro (RJ) pode concorrer por Santa Catarina.
A escolha pelos estados leva em consideração os resultados das eleições presidenciais de 2022, quando Bolsonaro teve 65% dos votos em Mato Grosso, contra 35% do presidente Lula (PT). Já em SC, o placar foi 69,3% a 30,7%.
Neste contexto, Carlos Bolsonaro se elegeria senador sem nem mesmo sair de casa, dizem interlocutores do ex-presidente. Para disputar o cargo em 2026, o filho de Bolsonaro teria que mudar seu domicílio eleitoral.
Olhar Direto/Airton Marques