O deputado federal Coronel Assis (União) fez críticas ao Governo Federal e afirmou que o Brasil pode virar um “narcoestado”, caso as organizações criminosas continuem avançando nos estados.
O termo narcoestado, na definição do Fundo Monetário Internacional, refere-se a um país em que todas as instituições legítimas estão penetradas pelo poder e pelo dinheiro de narcotraficantes.
“Acho que os Três Poderes tem que entrar dentro desse jogo de cabeça, porque senão o Brasil vai se tornar um narcoestado. Vamos ficar pior do que já estamos hoje, com as organizações criminosas avançando cada vez mais, entrando no setor comercial, se capitalizando cada vez mais”, afirmou em entrevista à rádio CBN Cuiabá.
“Até a questão da política, hoje a gente viu investigações e prisões de pessoas que estão sendo financiadas ou sendo candidatas das facções criminosas”, acrescentou.
Em Cuiabá, na última semana, o vereador Paulo Henrique (MDB) foi preso pela Polícia Federal por participação em um suposto esquema de lavagem de dinheiro oriundo de atividades ilícitas por meio de casas noturnas. A atividade teria ligação com uma facção criminosa.
“Criminoso coitadinho”
Com o poder de facções sendo notado tanto em Mato Grosso quanto em outros estados, o deputado afirmou acreditar que o governo do presidente Lula (PT) tem influenciado na pauta sobre violência e Segurança Pública.
Para Assis, falta incentivo e valorização por parte do Governo Federal aos profissionais das Forças de Segurança.
“Um governo progressista tem essa pauta, essa agenda de achar que o criminoso é um coitadinho, uma vítima social. Tudo balela, narrativa que com certeza só prejudica quem mais precisa do Estado, que é o cidadão brasileiro”, disse.
“A gente vê um Ministério da Justiça e da Segurança Pública muito aquém do que a gente pensa de um órgão central da Segurança Pública a nível federal fazer ou entregar para o profissional na ponta”, completou.(Mídia News/Vitória Gomes)