Ao todo, 112 pessoas foram indiciadas por atear fogo em florestas, plantações e áreas urbanas em Mato Grosso, de janeiro de 2024 até agora, segundo informações divulgadas pela delegada da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), Liliane Murata, nessa segunda-feira (16).
Desde o início do ano, 20 pessoas foram presas em flagrante pelo crime de incêndio e 122 inquéritos foram instaurados. O Corpo de Bombeiros também atua no combate e fiscalização das queimadas florestais. Foram aplicadas R$ 74,5 milhões em multas por uso irregular do fogo e 20 máquinas foram apreendidas.
No domingo (15), Três homens, que não tiveram a identidade divulgada, com idades entre 25 e 34 anos, foram presos suspeitos de provocar um incêndio em uma região de mata, em Tangará da Serra.
Outro caso recente, foi sobre o homem preso em flagrante suspeito de atear fogo em diversos pontos, inclusive, em uma propriedade rural de Sorriso, no domingo (8). Câmeras de segurança registraram a movimentação dele.
O suspeito foi preso no dia seguinte e solto na quarta-feira (11), após o advogado de defesa alegar que ele estava desempregado. Por esse motivo, ele pagou apenas R$ 800 dos R$ 15 mil da fiança e foi liberado .
Causar incêndio e expor a vida, a integridade física ou o patrimônio de outra pessoa a perigo é crime previsto no Código Penal Brasileiro, no artigo 250, podendo levar à prisão de 3 a 6 anos.
INPE
De acordo com o monitoramento de queimadas feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado lidera o ranking de área queimada no Brasil em 2024. Entre janeiro e agosto deste ano, Mato Grosso concentrou 21% da área atingida pelo fogo no Brasil, com 2,3 milhões de hectares queimados.
Em agosto, o Cerrado foi o bioma com a maior área queimada, com 2,4 milhões de hectares, ou seja, 43% de toda a área queimada no Brasil durante esse período. A Amazônia vem em seguida, com 2 milhões de hectares queimados.(Jardes Johnson, G1)