Desoladas após a morte brutal de duas jovens de 18 e 20 anos em Mato Grosso, familiares das vítimas clamam por justiça e para que os assassinos sejam punidos pelos crimes cometidos. A mãe de Juliana Valdivino da Silva, de 18 anos, espera que o ex-namorado da filha, acusado de espancá-la e matá-la queimada, seja preso para que não tire a vida de mais nenhuma outra jovem como fez com a sua filha.
“Eu quero justiça, isso não pode ficar impune. Se ele fez com a minha filha, ele pode fazer com qualquer outra jovem por aí. Não só ele, mas esse bando de homem covarde que não tem coragem de abandonar a mulher que tem e deixar ela viver a vida dela”, clamou Rosicléia Magalhães da Silva.
Ainda em entrevista ao Balanço Geral, programa da TV Vila Real, Rosicléia pede para que o delegado responsável pelo caso puna o assassino da filha, colocando ele atrás das grades. “Eu exijo que o delegado de Paranatinga faça algo e coloque ele por muito tempo na cadeia. Eu quero ele preso”, reforçou.
Juliana Valdivino da Silva morreu nessa quarta-feira (25), no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), após ser brutalmente espancada com um pedaço de pau e depois ter 90% do corpo queimado pelo ex-namorado, Djavanderson de Oliveira Araújo, de 20 anos. Ela estava internada na unidade desde o dia 10 de setembro, data em que foi atacada pelo criminoso no município de Paranatinga (a 375 km de Cuiabá). A jovem sofreu queimaduras de 3º grau em várias partes do corpo.
Um dia antes de morrer, na terça-feira (24), a mãe de Juliana contou que ela havia acordado do coma no fim de semana e relatou ter sido brutalmente agredida pelo criminoso com um pedaço de pau que quase a deixou inconsciente. Depois disso, ele teria ateado fogo no corpo da jovem. Por enquanto, Djavanderson, acusado de cometer o crime, está internado no HMC para tratar os ferimentos causados pelo fogo, já que também se queimou enquanto tentava matar a ex-namorada. O mandado de prisão do assassino já foi expedido e será cumprido assim que ele sair do hospital.
Além de Juliana, uma outra jovem também nascida no Acre foi vítima de um assassinato cruel nesta semana. Flávia Melo de Miranda Soares, de apenas 20 anos, foi morta a tiros em um garimpo na Terra Indígena Sararé, no município de Pontes e Lacerda (a 445 km de Cuiabá). Em seguida, o corpo dela foi abandonado na porta da Santa Casa municipal ao lado do marido, que também foi vítima dos criminosos e permanece internado na unidade de saúde.
A família da jovem diz não saber ao certo o que aconteceu, mas que o crime teria ocorrido supostamente por uma disputa de terras na região. “Não temos informações direito, falam muita coisa. O que sabemos é que entraram atirando em todo mundo, era uma briga por terra. Ela estava no lugar errado e hora errada”, contou Daniele Soares, irmã da vítima.
Conforme noticiado pelo G1, Daniele custou acreditar que a irmã havia sido morta. Para ela, a ficha só caiu quando o Instituto Médico Legal (IML) entrou em contato para confirmar a identidade.
“Falaram que tinham matado ela, mas não acreditamos, entramos na internet buscando informações. Só acreditamos quando o pessoal do IML mandou a foto da identidade dela. Ela perdeu muito sangue, do local onde estavam para o hospital dá quase três horas de viagem”, relatou.
Os autores da chacina ainda não foram identificados.
Ambos dos casos, de Juliana e de Flávia, seguem sob investigação.(Repórter MT/Karine Arruda)